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Quando o rock’n’roll chegou a Portugal nos anos sessenta, não era incomum que se acomodasse em versões eléctricas e com pouco sal dos fados mais populares. Durante os anos 80 houve uma tentativa sincera de rockar em português. Era esquisito, mas também era perigoso, como o rock’n’roll devia ser sempre. Depois vieram os anos 90 em que uma nova geração descobriu a arte do karaoke: se o rock veio lá de fora, por que não simplesmente mantê-lo em inglês? De qualquer maneira, ninguém parecia querer saber das letras…

Entra um milénio novo e a FlorCaveira. Agora havia uma editora a fazer discos e inimigos porque amava dizer coisas numa batida rock que as pessoas podiam compreender. E o perigou voltou. E o ultraje. E o hype. Ficou a música. Em 2020 a FlorCaveira celebrou o seu 20º aniversário e ainda honra o seu credo: gente a sério, a tocar a sério, cantando palavras a sério. Nesses 20 anos, vieram Samuel Úria, Diabo na Cruz, Os Pontos Negros, entre outros nomes que marcaram. Quem diria que a mistura improvável de Religião & Panque Roque ainda por cá andasse?